segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Identificação e acompanhamento do aluno com necessidade educacional especial

Leia o capitulo 2 e ao final complete o quadro disponibilizado sobre os aspectos básicos da avaliação, priorizando e comentando cada item lá disposto.

Antecedentes Familiares
1.    Observações em sala de aula
Q.I
2.    Registros/ relatórios da escola
Antecedentes Médicos
3.    Anotações do professor anterior
Conhecimentos e habilidades adquiridos
4.    Antecedentes familiares
Anotações do professor anterior
5.    Antecedentes médicos
Comentários dos próprios alunos
6.    Conhecimentos e habilidades adquiridos
Registros/ relatórios da escola
7.    Comentários dos próprios alunos
Exemplos de trabalho
8.    Exemplos de trabalho
Resultados de testes de leitura
9.    Resultados de testes de leitura
Observações em sala de aula
10. Q.I


   1-Observações em sala de aula (levantamento de informações)
 As observações em sala de aula se constituem de relatórios nos quais o professor pode descrever , resumir ou informar o desenvolvimento social do aluno, bem como acontecimentos significativos, ou trabalhos realizados. Estas observações devem se ater a fatos, evitando interpretações pessoais.

2-    Registros/ relatórios da escola (levantamento de informações)
Os registros/ relatórios da escola, podem ser não apenas escritos, mas também audiovisuais , realizados através de equipamentos que captem sons e/ou imagens.

3-    Anotações do professor anterior (levantamento de informações)
As anotações do professor anterior auxiliam no levantamento de informações e consequentemente na identificação dos níveis de desenvolvimento em aspectos  de comunicação, emocional e de relacionamento social. Estas anotações devem  se ater a fatos, evitando interpretações pessoais do professor , caso contrário tais anotações podem nos fornecer interpretações errôneas a respeito do aluno.


4-Antecedentes familiares (levantamento de informações)
Os antecedentes familiares nos trazem informações a respeito do meio no qual o aluno se desenvolve, contextualizando os fatores, num âmbito mais amplo,  que influenciam em suas possibilidades educativas .

5-Antecedentes médicos ( levantamento de informações)
Os antecedentes médicos trazem informações que nos possibilitam considerar aspectos que condicionem ou favoreçam o processo de aprendizagem.

6- Conhecimentos e habilidades adquiridos (análise)
Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelo aluno poderão começar a ser conhecidos pelo professor a partir da analise das informações levantadas a seu respeito.  Assim o professor irá detectar o que o aluno sabe em relação aos objetivos e aos conteúdos das áreas curriculares, estruturando gradualmente os processos de ensino-aprendizagem que irão contemplar aquele aluno.

7-Comentários dos próprios alunos (analise)
    Os comentários dos próprios alunos a respeito das atividades e dos acontecimentos em sala de aula fazem parte  do processo de avaliação, que deve ser cooperativo, e contar com a analise de todos os envolvidos nesse processo.

8- Exemplos de trabalhos (ação)
Os exemplos de trabalho utilizados no processo de avaliação devem ser do próprio aluno, já que ele só deve ser comparado com ele mesmo. Estes trabalhos podem servir como base para que o professor estruture outros trabalhos, adequando os objetivos propostos, os ajustando ao estilo de aprendizagem do aluno, as áreas de conhecimento de seu maior interesse, a até mesmo a seu nível de atenção.

9 e 10  Resultados de testes de leitura  e Teste de Q.I (levantamento de informações)
Testes de leitura, e de Q.I , baseiam-se em normas, são descontextualizados do currículo escolar e comparam o aluno com os outros.Desta forma  não permitem mensurar o desempenho real do aluno em relação a apropriação ou não aos objetivos de ensino traçados pelo professor. Assim estes teste não constituem uma fonte de informações úteis para conhecer o desempenho dos alunos e tão pouco pra planejar  e estruturar planos de ensino.  

Serviços de apoio pedagógico

A educação especial é definida como “um conjunto de recursos e serviços educacionais especiais organizados para apoiar, suplementar e até substituir os serviços educacionais comuns de modo a garantir a educação formal aos alunos com necessidades educacionais especiais”, dessa forma: Descreva o que você entendeu durante a leitura sobre os serviços de apoio pedagógico especializado - o que são e como fazê-los.

Os serviços educacionais especiais servem para apoiar, complementar ou substituir os serviços educacionais comuns. Esses serviços podem ser oferecidos nas classes comuns junto com a atuação do professor regente ou em salas de recursos em que o professor complementa ou apoio tanto o professor quanto o aluno.

Existem os serviços educacionais que servem para substituir o atendimento regular e tem por objetivo responder às necessidades especiais dos alunos. Estes serviços podem ser oferecidos em classes especiais, que funcionam em escola de ensino regular ou em escolas especializadas.

Estes serviços de atendimento podem ocorrer:

- Nas classes comuns: É um trabalho em equipe onde professor da classe comum e da classe especial trabalham juntos podendo ter a colaboração de outros profissionais. O professor deve saber e perceber as necessidades educacionais de seus alunos, avaliar continuadamente o processo educativo e atuar em equipe com os demais profissionais.

- Ensino Itinerante: São profissionais que comparecem algumas vezes por semana na escola para trabalharem com alunos e professores. Esse profissional deve elaborar o cronograma de atendimento, ajudar quando necessário o professor regente, orientar pai.

- Sala de recursos: está voltado para o professor especializado que complementa o serviço do professor regente. A função dele é de planejar atividades em conjunto com o professor regente, atender o aluno em pequenos grupos, realizar avaliação periódico, entre outros.

- Classe especial: São voltados para aqueles alunos que possuem dificuldades acentuadas e os professores devem ser especializados em educação especial. O atendimento nessa sala pode ser transitório porque a permanência do aluno, ou não, dependendo de seu desenvolvimento.
-Professor-intérprete: Profissional Especializado em língua de sinais para apoiar alunos surdos e surdos-cegos e outros que apresentem sérios comprometimentos de comunicação e sinalização.
 - Atendimento domiciliar: Esse atendimento está voltado para aqueles alunos que estão impedidos de frequentar aulas em razão de sua necessidade especial.

- Classe Hospitalar: Esse tipo de atendimento está voltado para aqueles alunos que estão impedidos de frequentar as aulas em escolas por estarem fazendo tratamentos ou por estarem internados em hospitais. O professor vai dar continuidade ao trabalho do professor.

Portanto, os Serviços Apoio Pedagógico Especializado são de grande importância na Educação Especial  pois demonstram que a Sociedade , tendo como sua extensão a Escola, acolhe e respeita a Diversidade Humana. Garantem o acesso e a permanência do aluno na escola, e promovem condições para que o processo ensino-aprendizagem se desenvolva.

Princípios orientadores da Ed. Inclusiva

Analise e descreva os princípios orientadores da prática inclusiva segundo o MEC, 2005. Qual a responsabilidade que você, como professor, acredita ter em relação à aprendizagem dos alunos com necessidades especiais?
Atualmente para que a educação se desenvolva numa abordagem inclusiva é necessário que o professor rompa gradualmente com as práticas pedagógicas homogêneas, que concebem um único conteúdo curricular, uma aula, uma atividade, um mesmo tempo de realização das atividades para toda a turma, uma avaliação. No entanto para educar na diversidade, o professor deve adotar em sua prática pedagógica os princípios orientadores da prática de ensino inclusiva (MEC/SEESP 2005, pp. 23-25), que são:
·         Aprendizagem ativa e significativa - constituída por uma abordagem didática cooperativa, na qual que encorajam a participação dos estudantes em atividades escolares cooperativas, durante as quais os estudantes se agrupam e resolvem tarefas ou constroem conhecimentos juntos; as aulas são organizadas de forma que os estudantes em grupo realizam tarefas diferenciadas sobre um mesmo conteúdo curricular que se complementam e que dão base à construção do conhecimento coletivo;
·         Negociação de objetivos – as atividades propostas em sala de aula consideram a motivação e o interesse de cada estudante. Para isso, o docente deve conhecer a cada aluno (a) individualmente (experiências, história de vida, habilidades, necessidades, etc.) e o plano de aula deve prever e incentivar a participação dos estudantes tanto nas tomadas de decisão acerca das atividades realizadas na classe como no enriquecimento e flexibilização do currículo. Por exemplo, o (a)s aluno (a)s pode fazer escolhas de conteúdos, estabelecer prioridade de aprendizagem, sugerir atividades e formas de agrupamento ou conteúdos para serem abordados, etc.

·         Demonstração, prática e feedback – a aula planejada pelo docente oferece modelos práticos aos estudantes sobre como as atividades devem ser realizadas ou o professor(a) demonstra sua aplicação em situações variadas na classe e na vida real, de forma a promover uma reflexão conjunta sobre as atividades e o processo de aprendizagem. ‘Ver’ na prática o que se espera que seja realizado pelo aluno (a)s aumenta as chances de participação de todos os (a)s aluno (a)s e o sucesso da aprendizagem de cada um.
·         Avaliação contínua - na prática de ensino inclusiva, o processo de avaliação é contínuo, no qual os estudantes estabelecem seus objetivos de aprendizagem e formas de avaliar seu progresso em termos da própria aprendizagem. A avaliação tem um papel fundamental na revisão continua da prática pedagógica e, conseqüentemente, na melhoria (desenvolvimento) do trabalho docente, porque oferece ao professor (a) dado sobre como usar as metodologias de ensino dinâmicas para abordar conteúdos curriculares de forma diversificada e acessível a todo (a)s os educando (a)s.
·         Apoio e Colaboração – esse princípio contribui para romper com as práticas de ensino individualizadas que não favorecem a cooperação entre o (a)s estudantes para atingirem resultados de aprendizagem satisfatórios para todo (a)s. Juntos – em equipe – os aluno (a)s se sentem fortalecidos para correrem riscos e tentarem caminhos alternativos (inovadores) para resolver problemas e para aprender. Obviamente, não se exclui nas atividades de sala de aula a realização de tarefas individuais, contudo, esta forma de trabalho não é a preponderante numa sala de aula inclusiva.
Os princípios acima citados não exigem extravagâncias do professor, mas exigem inicialmente boa vontade para mudar sua prática pedagógica e credulidade em relação à educação inclusiva, e educar na diversidade. Desta forma ele poderá desenvolver suas aulas com base numa didática cooperativa, na qual ele não é o detentor absoluto do conhecimento, mas sim o Facilitador que promove maneiras para que este conhecimento seja construído em grupo pelos alunos; ele não é o centro das aulas, mas sim o observador que conhece cada aluno e suas motivações  e interesses, as utilizando como ponto de partida para o desenvolvimento de qualquer conhecimento; ele não é o algoz que através da avaliação pune, mas sim um pesquisador que utiliza avaliação de  forma contínua, como um instrumento que mensura o alcance e eficácia de sua prática, permitindo que ele efetivamente utilize o jargão ação-reflexão-ação.
Desta forma minha responsabilidade em relação à aprendizagem dos alunos com necessidades especiais tem início na sala de aula, na forma de conceber a educação e o aluno, se estendendo a concepção de educador. Estas mudanças de concepção permitem que eu busque novos conhecimentos e habilidades para, ao mesmo tempo, pro­mover os direitos desses alunos e combater barreiras que possam provocar sua ex­clusão educacional. Além de permitirem que eu mude minha prática pedagógica em sala de aula, optando por didáticas cooperativas, inclusivas e que priorizem a diversidade. Devo salientar que as mudanças em minha prática pedagógica são pequenas e simples diante da grandeza e complexidade da construção de uma sociedade para todos.

Diversidade

Educar na Diversidade



 “Responder à diversidade significa, para "Ginè" (2004), romper com o esquema tradicional em que todas as crianças fazem a mesma coisa, na mesma hora, da mesma forma e com os mesmos materiais”.

A afirmativa de Giné nos apresenta, em poucas palavras, a prática educacional mantida por nossa sociedade durante muitos anos, e ao mesmo tempo nos remete a nova concepção de Educar na Diversidade, proposta pela Sociedade atual, a Sociedade da Igualdade, na qual a tradição da homogeneidade, a transmissão de conhecimentos, a segregação do diferente, a  adequação do aluno ao sistema escolar, a criação de grupos especiais, de classes especiais, de escolas especiais, não são admitidos como práticas pedagógicas eficazes para a aprendizagem.

No entanto esta nova concepção de Educar exige não apenas o discurso “inflamado”, exige ação de toda a sociedade. E a escola como educadora da sociedade deve ser a primeira a efetivamente agir, adotando currículos abertos e flexíveis e centralizados no aluno, formando profissionais de educação capazes de experienciar e ensinar alteridade.

 Assim Educar na Diversidade significa oferecer a todos a oportunidade de alcançar e manter um padrão mínimo de qualidade da aprendizagem,significa promover ajustes, flexibilizações/ adaptações nas práticas pedagógicas para atender as peculiaridades específicas e especiais de cada aluno, significa compreender que cada aluno é diferente do outro, seja em suas características físicas, sociais, culturais, e até de seu funcionamento mental.

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